segunda-feira, maio 30, 2005

eloqüência

Sentei o pau hoje (veja bem, sentei O pau e não NO pau). E foi uma coisa meio metralhadora, sentei o pau em todo mundo.
Atirei o pau no gato. E matei pelo menos umas duas vidas do bichano.
Hoje minha analista viu, eu vi, que o buraco é mais embaixo. Desfiei uma romaria de palavrões digna de Dercy Gonçalves. Mostrei toda a minha expressividade quase poética. Usei e abusei de figuras de linguagens chulas, mas nem por isso pouco eloqüentes.
Lavei a égua, enfiei o pé na jaca, chutei o pau da barraca. O mesmo pau, aliás, usado pra matar o gato.
É verdade que uma andorinha só não faz verão. Mas duas, eu e Isabela (a analista), já faz um calorzinho. Calor que deixou gente de orelha quente.
Hoje muitas dúvidas foram elucidadas, muitas confusões foram desfeitas. Deixei de confundir alhos com bugalhos e rifle de caçar rolinha com bife de caçarolinha. E ainda bem que o rifle era de caçar rolinha e não andorinha. Seria um risco pra nós duas.
Eu que pensava que cachaça era água, que urubu era galinha, que era só colocar a merda na gaiola que ela cantava... redondamente enganada. Mas tudo a seu tempo. A César o que é de César. Cada coisa no seu lugar.
Consegui dizer não, não entregar o ouro ao bandido. Sem culpas. Não vesti a carapuça, ela não me servia.
No fim das contas, foi muito bom. Não fugi da raia. Não ralei peito. Não peidei na farofa. Güentei o tranco legal. E fiquei assim, satisfeita. Ouso dizer que até feliz. Mais do que pinto no lixo.