domingo, maio 29, 2005

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Mais uma vez jogo no lixo as expectativas. É, eu tinha expectativas. Sei que minto, digo que nada espero. Tento me enganar. Tento acreditar nisso. Mas sou sim uma otimista incurável. Tento me convencer de que nada dá certo. Uso argumentos lógicos e vejo, com toda a racionalidade que me é permitida, que nada tem dado certo mesmo. Mas, ainda assim, meu coração, sempre ele, me diz pra tentar mais uma vez. Pra acreditar. Pra esperar.
E espero. E creio. E sonho. E me desiludo. A dor de hoje é física, tanta que até me distrai da dor do coração. Só assim pra conseguir escrever com tamanho distanciamento. Mas estou, verdadeiramente decepcionada. De novo. Mais uma vez.
Começo a desconfiar que testes de QI não significam absolutamente nada. A inteligência é muito mais do que a capacidade de processar e resolver problemas matemáticos. Tem a ver com aprender com os erros e mudar os comportamentos. E eu não tenho nem aprendido e muito menos mudado. Continuo agindo igual. Sou muito menos capaz do que os números me dizem. Muito menos inteligente do que gostaria de acreditar.
Mas dá tempo. Acho que dá tempo de sair pouco machucada. Talvez aquela camada protetora esteja ficando mais impermeável com o passar do tempo. Talvez poucos sentimentos tenham realmente sido absorvidos. Talvez, com um paninho úmido, tudo volte a ficar limpo e sem marcas. Talvez eu realmente tenha perdido a capacidade de amar.

3 Comments:

Blogger tt said...

Tá tisti?

2:47 PM  
Blogger tt said...

vou entrar então depois mais tarde pra gente conversar. Tô com visitas aqui, por isso ainda não entrei... :(

Mas fica tisti não... quero te ver bem.

bjo.

3:17 PM  
Anonymous Anônimo said...

Uma música para você:
Solidão é lava que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão, palavra cavada no coração
Resignado e mudo no compasso da desilusão
Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança voce na dança da solidão (bis)

Camélia ficou viúva
Joana se apaixonou
Maria tentou a morte por causa de seu amor
Meu pai sempre me dizia :
Meu filho tome cuidado,
Quando eu penso no futuro não esqueço meu passado

Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança voce na dança da solidão (bis)

Quando chega a madrugada,
Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola
Contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe uma fonte de água pura
Quem beber daquela água não terá mais amargura

Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança voce na dança da solidão (bis)

8:26 PM  

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