domingo, setembro 11, 2005

estrada colonial - de vila inhomirim a petrópolis



Em exploração anterior, eu e meu querido namorado gringo, conhecemos Vila Inhomirim, estação final de trem da linha 5 que sai da Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Foi nesse dia, também, que travamos nosso primeiro contato e conhecimento com a estrada colonial, construida por escravos nos idos de 1723 e que foi, durante anos a fio, o único acesso a Petropólis, tendo servido de passagem inúmeras vezes para o príncipe regente e, posteriormente, ao imperador.

Bom, o fato é que nos maravilhamos com a informação de que a estrada chega até Petrópolis, subindo por um lado só conhecido por quem efetivamente já subiu a estrada a pé já que, há muito tempo, é impossível percorrê-la de carro. Quando muito, e não em todos os trechos, há a possibilidade de subir de moto. Mas tem que ser macho e habilidoso.

Como nem eu nem Tom temos essas aspirações motoqueiras e a nossa praia é subir montanha a pé, resolvemos nesse último sábado que estava na hora da tão esperada aventura: ir para Petrópolis, desde Vila Inhomirim, subindo a estrada colonial.

Saímos de casa, em Botafogo, por volta das 8:30 da manhã. Pegamos o metrô até a Central do Brasil. Da Central, o trem até Saracuruna e de lá, finalmente, outro trem até Vila Inhomirim. A viagem leva aproximadamente 2:30 horas e, como sempre, vem recheada de diversões e curiosidades dentro desses vagões cheios de vida dos trens cariocas. Tem-se uma feira habitual, pessoas falando, conversando alto, gente cantando, rindo, além da possibilidade de se comprar de tudo, desde refrigerantes e paçocas a pilhas e envelopes.

A chegada a Vila Inhomirim aconteceu por volta das 11:00 da manhã, em meio ao falatório incrível de crianças de uma escola da redondeza, que também viajavam conosco, voltando de um desfile que fazia parte, ainda, das comemorações do dia 7 de setembro, dia da independência do meu Brasil brasileiro.

A chegada é sempre surpresa e gostosa a Vila Inhomirim, verdadeiro oásis e refugio pra olhos e sentidos, depois do trem passar por tantos lugares áridos, pobres e declaradamente feios. Ficamos sempre com esse sorriso estampado e esse ar perplexo e feliz. Dessa vez, claro, não foi diferente e foi com esse ar satisfeito que caminhamos cerca de 5 minutos, saindo da estação, até a Pensão da Vovó Dui, lugar honesto e aprazível, onde já tinhamos almoçado na última viagem, e que não podíamos deixar de repetir. Estômagos claramente reclamando, pedimos a Reinaldo (o dono do estabelecimento) um prato feito de comida mineira e uma garrafa de soda Convenção. Dois garfos, um prato e um dia lindo, fizeram de nosso almoço um banquete digno de reis, ou de imperadores, soberanos que se encaixam melhor no contexto petropolitano.

Almoço resolvido, partimos para a nossa expedição. Duas garrafas de água na bolsa, dois sanduíches, muita vontade e curiosidade e algum nível de irresponsabilidade já que, de fato, não tínhamos conversado com ninguém que tivesse subido a estrada, que conhecesse o caminho, que tivesse detalhes da trilha pra nos dar. Não sabiamos nem o tamanho do caminho e nem o tempo que levaríamos. Fui preparada psicologicamente para encarar algo como 7 horas de caminhada! Chegamos no início da estrada às 11:50 da manhã, sol a pino, pedras seculares à nossa frente e uma subida bastante íngrime que começava a se descortinar.


Poucos minutos depois do início da aventura, tivemos a sorte de conhecer Antônio, um cara de seus cinqüenta e tal, físico invejável, e que foi nascido e criado em Raiz da Serra (nome original de Vila Inhomirim). Ele conhece a estrada a vida inteira, sobe sempre pra Petrópolis por lá e se ofereceu pra nos acompanhar até um certo ponto. Eu, como boa e desconfiada carioca, com aquelas neuras da cidade grande, fiquei com os dois pés atrás, mas Tom (ainda bem que existe o Tom) é um cara mais light, que acredita na boa vontade alheia (e está totalmente certo nisso), achou a companhia providencial e aceitou de bom grado.

Aceitar a companhia de Antônio foi uma atitude sensata e inteligente. A estrada vai se fechando e sumindo no meio do mato poucos quilômetros a frente, tornando-se uma trilha de poucas pedras, encravada no meio de mata atlântica fechada, úmida e fresca. Vamos subindo beirando paredões de pedra de tirar o fôlego, com uma variedade e quantidade de árvores impressionante. Nosso guia veio mostrando uma infinidade de ervas medicinais, como arnica, que serve para pancadas e machucados, assa-peixe, usada no tratameto de bronquites e doenças respiratórias, azedinha, um trevinho que faz bem pra coração e circulação e que tem um sabor bem azedo e agradável, moranguinhos silvestres (confesso, como total urbanóide paranóica, tive medo de comer e morrer envenenada. Mas comi, são muito gostosos e nada tóxicos!), cipó-cravo, saião etc. Impressionante os seus conhecimentos, tanto em relação às ervas quanto à história da estrada ao longo dos anos. Nos contou sobre torturas e prisões feitas na mata no período recente da ditadura militar, prisões de bandidos, localização das senzalas nos idos do império, túmulos de escravos mortos durante a construção da estrada, além de lendas, como a de uma cobra de 14 metros de comprimento que devorou, sem mastigar, a filha, ainda criança, de um senhor que passeava pela mata e esse, encontrado-se desgostoso da vida pela morte da filha, foi de novo para a floresta e acabou devorado pela mesma cobra. Esse "monstro" teria sido capturado, morto e posteriormente fatiado em postas de cerca de 40 cm de diâmetro!! Não pude resistir e perguntei:
- Mas o senhor chegou a ver a cobra ou alguém lhe contou a respeito?
Ao que respondeu:
- Eu vi!!
Só me resta respeitar a história, desconfiar acreditando, já que seguro morreu de velho e de guarda-chuva. E, falando em cobras, Antônio nos previniu durante todo o percurso para ficarmos de olhos bem abertos, olhando para o chão e para os lados, afim de evitar encontros desagradáveis, doloridos e venenosos com esses seres, ao que dei a maior força. Picada de cobra era o tipo de coisa que estava fora dos meus planos, definitivamente.

O caminho tem três pontos cruciais que sem o guia teria ficado bem difícil e até um pouco perigoso. São três bifurcações, em diferentes pontos da estrada, onde se perde a obviedade do caminho e pode-se pegar direções opostas às corretas. O primeiro ponto fica a cerca de 30 minutos do início da caminhada, onde a trilha se divide em dois, sendo realmente impossível escolher o sentido correto (seguir à direita) sem conhecer previamente o local. O segundo já é bem mais a frente, num ponto de caminho aberto, muito perto das encostas. Pegando-se a direção oposta a Petrópolis (o que fizemos conscientemente e com a orientação de Antônio), chegamos a uma pequena queda d`àgua, com uma série de poços de água gelada e cristalina, boa de beber e de tomar um bom banho revigorante. Nesse ponto temos as primeiras vistas realmente boas, antes escondidas pela mata fechada. É um lugar florido, com muito verde e pedras, muitas pedras. Paredões verticais quase oprimentes de tão grandes e fortes. Impressionante a beleza.

De volta à direção correta, rumo ao topo, vamos tendo acesso a vistas maravilhosas, onde além das montanhas, começamos mais e mais, conforme subimos, a vislumbrar a baixada e partes do Rio de Janeiro.

Depois de quase 2 horas de caminhada, chegamos ao terceiro ponto de bifurcação do caminho. É a chegada a uma estrada quase civilizada, já sendo possível a passagem de alguns veículos e onde, antigamente, passava o trem com destino a Petrópolis. Como nos foi relatado, o comboio era composto por uma pequena locomotiva movida a lenha que puxava dois vagões, relativamente leves, feitos de madeira e com bancos para transportar passageiros. Pudemos observar um pouco depois, em um parque já no alto de Petrópolis, no bairro chamado Alto da Serra (ponto mais alto de toda a travessia), que o trem contava com uma ajuda crucial de catracas no meio dos trilhos, que puxavam todo o conjunto de locomotiva e vagões. Sem isso seria virtualmente impossível subir, dada a verticalidade do terreno. Mas, mesmo com todo esse aparato, Antônio ainda nos contou sobre um acidente acontecido há, provavelmente, cerca de quarenta anos, quando a locomotiva não agüentou a subida e soltou os vagões, provocando um acidente de grandes proporções. Mas são coisas do passado. Ficaram apenas na memória de quem pôde desfrutar dessa subida romântica e bucólica, envolta em vistas espetaculares, na antiga e arcaica maria-fumaça.

Mais alguns minutos de caminhada e chegamos ao primeiro pontilhão, uma pequena ponte construída sobre um desfiladeiro para a passagem do trem. Nesse ponto já estamos dentro do município de Petrópolis e a uma grande altitude. As vistas, agora, são absurdas, podendo-se ver toda a já logínqua cidade do Rio de Janeiro. A visão é panorâmica, nomeando-se o Pão-de-açúcar, o Corcovado, o Pico da Tijuca, a Pedra da Gávea, além de quase toda a baixada Fluminense. Nunca tinha tido acesso a uma visão tão ampla da cidade assim.

Na seqüência, chegamos ao segundo pontilhão, mais largo e muito mais alto. Olhando pra baixo ê impossível não sentir aquele frio na barriga ao constatar que simplesmente não dá pra ver o fim do precipício. Essa segunda ponte é bastante antiga, feita toda de pedras e com estrutura em arcos, o que nos fez imaginar ter sido construída no mesmo período da estrada colonial. Nesse ponto a parada para fotos e admirar a paisagem é obrigatória, tanto para apreciar a beleza abundante como para meio que se despedir do ambiente mais selvagem. Começamos a avistar as primeiras casas e a entrar nos limites da cidade de Petrópolis, totalizando umas 3 horas de caminhada.

Com a chegada à civiização, uma paradinha estratégica numa casa para tomar um sacolé e resfrescar a cabeça, é reconfortante. Sacolé, pra quem não conhece, é um sorvetinho feito em casa e congelado dentro de um pequeno saco plástico. A "técnica" de consumo é simples: corta-se a pontinha do saco com os dentes e vai-se chupando o líquido gelado e doce enquanto descongela. A variedade de sabores exposta no cartaz era grande, mas nós três optamos pelo tradicional chocolate. É verdade que estava um tanto aguado e com pouco gosto mas àquela altura do campeonato e a R$0,25 cada um, nos deliciamos e lambemos os beiços!

Com a chegada às estradas pavimentadas (não com asfalto ainda, mas de paralelepípedos), era hora de nos despedirmos do nosso guia e seguir até o centro de Petrópolis por nossa conta. Já não tínhamos mais o risco de nos perder, podendo nos informar com as placas e os vários transeuntes. Demos a Antônio uma pequena gorjeta ao que ele aceitou entre surpreso e feliz. Era claro que tinha nos ajudado de bom grado mas que também seria um dinheiro bem vindo. Grande cara.

Seguimos subindo as ruas íngremes e curvas da cidade, rumo ao centro, nosso objetivo final. Como fizemos todo o caminho praticamente sem paradas, sentamos durante alguns minutos na mureta da estrada e ficamos ali felizes, sol no rosto, ventinho gelado, vista espetacular, pernas cansadas e sensação de vitória no coração. Mais uma hora e estávamos já sentados num restaurante, Tom se deliciando com um enorme sundae de morango e eu, mais modesta e curando um enjôo ocasionado pelo esforço físico, bebendo um suco de abacaxi. Merecíamos o descanso e a regalia. Fomos, claro, recompensados durate todo o percurso com vistas maravilhosas, natureza deslumbrante, cachoeiras e histórias. Mas o corpo precisava agora de um carinho e foi com felicidade que sentei na poltrona do ônibus com ar condicionado rumo à Rodoviária Novo Rio.

Dicas e anotações

O trem da Central do Brasil até Vila Inhomirim leva aproximadamente 2:30 h para chegar lá e custa R$1,80. A integração com o metrô custa R$3,30, sendo bastante prático e mais barato utilizar o meio de transporte ferroviário.

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O prato feito na Pensão da Vovó Dui custa a bagatela de R$3,50 e pode-se perfeitamente dividir por duas pessoas. No prato de comida mineira você pode degustar arroz, feijão, couve à mineira, lingüiça acebolada, banana à milanesa, torresmo e ovo cozido. A garrafa de soda limonada Convenção de 600 ml custa R$0,50, o almoço para cada um sai por R$2,00!!
A Pensão da Vovó Dui fica na R. Fábrica de Papel, nº 7, Vila Inhomirim (Raiz da Serra). O telefone é 3666 5151. Imperdível.

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Um guia pode ser muito útil na subida, já que existem pontos de bifurcação na estrada onde é bem possível se perder. Nosso guia foi o Antônio que, curiosamente, também é conhecido como Guilherme na região.

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Não deixe de levar barrinhas energéticas e bebidas isotônicas. Mesmo a travessia não tendo um grau de dificuldade tão alto, o gasto energético e a perda de líquido é bastante grande devido a verticalidade do terreno. Por experiência própria, é muito possível ficar desidratada, situação perigosa e nada agradável.

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O saquinho de sacolé vendido em uma das primeiras casas a esquerda depois do segundo pontilhão, custa apenas R$0,25. A variedade de sabores no "menu" é grande encntrando-se doce de leite, leite condensado, abacate, abacaxi, manga, chocolate, etc. No dia da travessia nem todos os sabores estavam disponíveis. É bem verdade que não se trata do melhor sacolé do mundo, mas depois da travessia algo doce e gelado, e com preço tão bom, vem bem a calhar. Recomendo.

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Os ônibus que saem da rodoviária de Petrópolis com destino à rodoviária Novo Rio no centro do Rio de Janeiro, têm partida de 30 em 30 minutos. A passagem varia de mais ou menos R$11,00 a R$12,50, essa última a do ônibus com ar condicionado. Investimento super válido e reconfortante, depois de 4 horas initerrúptas de caminhada. Obrigatório.

14 Comments:

Anonymous Anônimo said...

UAU! Que delícia de passeio! Vou ver se convenço o digníssimo na próxima vez que formos ao Rio...
Beijocas

5:22 PM  
Anonymous Anônimo said...

(Cliquei no 'enter' antes da hora)
Beijocas,

5:23 PM  
Blogger marcelo said...

adorei a dica. infelizmente, não liguei porque a tati fez a primeira operação de um implante de dente e além de ficar de molho no finde, fomos invadidos por uma horda de sogra, cunhado, o escambau. mas semana que vem vamos nos falar mesmo, pô. ambos lemos o relato e ficamos com água na boca.

4:41 PM  
Anonymous Anônimo said...

Obrigado pela narração de um sonho que sempre tive e agora posso realizar, graças a você!
Continue a descobrir novos rumos nesta cidade e estado, que apesar do abandono e ignorância governamental e do povo, resiste sendo MARAVILHOSA! plbjr@hotmail.com

5:09 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olá!
Meu nome é Denize e moro em Duque de Caxias.Sou professora de História.Viajo bastante pra muitos lugares diferentes buscando conhecer melhor a história do Brasil...mas caramba!!!Tão pertinho de mim uma parte do Brasil Colônia e eu não sabia!!!!
Valeu pela dica!!Como este pais apresenta boas surpresas,não é?
Um abraço! E feliz nova aventura!!!!

2:13 PM  
Anonymous Anônimo said...

Prezados Sr e Sra Moore.
Tenho 64 anos e nasci às margens da Variante de Proença, cinqüenta metros antes do início da subida da serra, chamada, na época, de Calçada de Pedra, que V.S. tiveram o prazer de conhecer.
Essa estrada, considerada o maior feito da engenharia brasileira na virada do século XVIII-XIX, completará 200 anos em 2009 e ainda mantém, intactas, grandes obras de contenção de encostas e canalização de águas pluviais, constantemente excessivas na região.
Sei “quase tudo” sobre ela e tenho feito excursões maravilhosas com professores interessados nessa parte da nossa história.
Assim, convido V.S. a reunirem um grupo a fim de passarmos um dia maravilhoso cruzando a linda Serra dos Órgãos, parte integrante da Serra do Mar.
Havendo interesse, comuniquem-se pelo meu e-mail (honorpacheco@oi.com.br) a fim de que eu possa fornecer meus telefones.
Não se preocupem com dinheiro. Não tem lance de grana. Só o desejo de mostrar uma parte linda da nossa história que, infelizmente e por pura estupidez, nossas autoridades não se preocupam em conservar. Mas ela é robusta o suficiente para suportar outros 200 anos.
Atenciosamente
Honor Pacheco

6:35 PM  
Blogger Evandro said...

Só um detalhe de caráter técnico e também histórico: Nenhuma locomotiva tracionou vagões nessa linha, sempre empurrou, sempre com os vagões posicionados acima, pois a locomotiva possuia uma roda dentada acoplada em trilhos especiais chamados cremalheira. Dessa forma, os vagões ficavam simplesmente encostados na locomotiva, pela ação da gravidade. Ao chegar próximo a estação Alto da Serra, desciam para a troca de locomotiva, por gravidade, aí sim, controlados por freio mecânico.
Sua história é fascinante. Parabéns pelo passeio.

7:20 PM  
Anonymous Anônimo said...

Gosto muito desse tipo de passeio. Vou sempre a Petrópolis pela estrada velha, mas de carro. Esse caminho para ser feito a pé é bom, mas com as bifurcações que podem te confundir, fica difícil ir sozinho. Parabéns pela aventura!!!

5:13 AM  
Anonymous Anônimo said...

Muito grato por divulgar a localidade onde moro

7:44 PM  
Blogger Gesse said...

Nossa,como é maravilhoso ler relatos sobre essa minha região tão abandonada pelas nossas autoridades,fui nascido e criado em Raiz da Serra,andava muito por essas estradas ocultas no meio dessa mata maravilhosa,hoje moro aqui em Brasília e fico vendo as pessoas virem de longe admirar estes monumentos de concreto aqui existentes e fico a imaginar o potencial turistico que poderia ter sido esplorado durante todos estes anos.

1:06 PM  
Blogger Guilherme said...

Realmente para um morador dessa região, como eu, é sempre bom ver que alguém valoriza essa bela, porém esquecida, terra. Magé é um município repleto de histórias ricas e importantes para o contexto de construção da nossa nação, porém é desconhecido, talvez pela incapacidade de seus governantes promoverem turísticamente esse local.

10:43 AM  
Blogger Leonardo Oliveira said...

Parabéns belo blog e pela aventura! Quem sabe um dia eu tomo coragem...

11:34 AM  
Blogger Telles - said...

Muito boas dicas...vou lá este mês com um pessoal do Rio. Obrigado.

5:39 AM  
Blogger Brunno Sena said...

VC poderia ceder fotos?

8:16 AM  

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