domingo, janeiro 29, 2006

doente 5 (publicado originalmente no "Trompe l`oeil... parece aquele, mas não é")

Eu fui ao médico sim. Duas vezes. A primeira vez com, mais ou menos, uma semana de doente. Fiz exame de sangue e tudo. Nada de bactérias, nada de infecções, nada de antibióticos. Fiquei tomando uns remedinhos básicos, descongestionantes, antitérmicos, xaropes. E nada de ficar boa.

Como eu já estava ficando com umas olheiras que chegam na bochecha (de tanto tossir à noite, não consigo dormir) e meu humor anda, digamos, sombrio, resolvi (Tom resolveu mais do que eu) que era hora de voltar ao médico. Acabei parando na emergência do Hospital Silvestre (hospital aliás em que recentemente fiz um plano de saúde, o que só posso agradecer a deus e, pricipalmente, meu adorável, espetacular e incrível marido). Lá, como já era de se esperar, me furaram outra vez. Além disso, me viraram do avesso com algumas radiografias da face e do pulmão. As radiografias estavam quase perfeitas, excetuando uma minúscula sinusite. O exame de sangue acusou infecção. Provavelmente o que estava me deixando tão mal.

Juro que fiquei feliz com a notícia da bactéria, afinal eu não sou tão maluca assim, somatizando tudo. Finalmente iria tomar um remédio de verdade, um antibiótico porrada que derrubaria esses bichinhos infernais que me tiravam, literalmente, o sono. E assim foi. O antibiótico é tão tão porrada que era só pra tomar três dias. Ainda bem, porque a dor na barriga que senti foi realmente um sopapo na boca do estômago.

Mas eis que, 3 dias depois, tendo finalizado todo o (carésimo) antibiótico, a produção de meleca continua e anda batendo recordes. A dor de cabeça idem. A dificuldade em dormir também. Tô começando a ficar com medo de câncer, sei lá. Ou alguma doença rara, dessas que são tão difíceis de aparecer que só se conhece de livro. Conseqüentemente os médicos só vão pensar nela quando você já está em coma, na UTI, nas últimas, teu namarido ligando pro cemitério do Caju (ui!) pra encontrar uma vaguinha pra você. É o desespero batendo na minha porta.

Tô pensando em apelar pra um terreiro. Ou subir Penha de joelhos. Ou, quem sabe, não tem um laboratório de pesquisas interessado em comprar meleca por atacado?